sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Como decidir entre comprar imóvel à vista ou financiado

Conheça os prós e contras de cada opção e veja o que levar em conta ao se planejar para comprar a casa própria

Família na casa nova: dar uma gorda entrada e financiar o restante é a dica dos especialistas

São Paulo – Ainda que já tenham sido bem mais altos, os juros no Brasil ainda pesam muito no bolso de quem contrai um financiamento. A dúvida entre financiar ou juntar dinheiro para pagar bem mais barato à vista é frequente, e quando se trata da compra de um imóvel, a ideia de pagar quase o dobro do bem ao financiar estremece ainda mais. Você sabe o que levar em conta para tomar essa decisão?
Segundo Fábio Gallo Garcia, professor de finanças da FGV-SP, do ponto de vista financeiro, poupar para pagar à vista é sempre melhor do que financiar e pagar juros. “Não há cálculo financeiro que desminta isso”, diz o professor. Isso pelo simples fato de que, no primeiro caso, você recebe juros e paga bem menos pelo bem. O problema é que nem só de teoria financeira vive o homem.
Imóveis são bens de alto valor, e poupar para comprá-los à vista pode ser muito demorado. Por isso, a sugestão dos especialistas é fazer um híbrido de poupança com financiamento. Ou seja, poupar com inteligência para dar uma gorda entrada e financiar o restante.
Por um lado, os imóveis nas principais cidades brasileiras estão caros para a maioria das pessoas, pois se valorizaram muito nos últimos anos. Embora muitos falem em bolha imobiliária, a percepção geral do mercado é de que os imóveis continuarão se valorizando, só que modestamente. Assim, não só a formação de poupança para comprar à vista levaria muito tempo, como o poupador teria que correr atrás das eventuais altas de preços.
Por outro lado, por mais baixos que sejam em comparação a outras linhas de crédito, os juros do financiamento imobiliário no Brasil ainda são altos. O valor total da compra será de quase o dobro do preço do imóvel. Em simulação feita a pedido de EXAME.com, a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostra quanto realmente custa a compra de um imóvel de 300 mil reais, com 30% de entrada e 210 mil reais financiados, para serem pagos em 30 anos. O sistema de amortização utilizado foi a Tabela SAC.

  CET* de 10% ao ano CET* de 8,5% ao ano
Primeira prestação R$ 2.206,74 R$ 2.015,85
Juros da 1ª prestação R$ 1.623,40 R$ 1.432,51
Amortização** da 1ª prestação R$ 583,33 R$ 583,33
Juros pagos ao fim de 30 anos R$ 302.259,79 R$ 258.568,71
Amortização paga ao fim de 30 anos R$ 210.000,00 R$ 210.000,00
Montante total pago ao fim de 30 anos R$ 512.259,79 R$ 468.568,71            
 
(*) CET = Custo Efetivo Total, que inclui juros, seguros e outras eventuais taxas.
(**) Amortização = valor destinado ao pagamento do valor financiado
Fonte: Anefac


Financiar sai caro, mas tem vantagens
Usado com inteligência, o financiamento pode ser uma arma poderosa para quem deseja comprar um imóvel, principalmente se for o primeiro. Para quem vive de aluguel, o valor da parcela de um imóvel pronto para morar pode substituir o aluguel pago mensalmente. Agora, se o imóvel for comprado na planta, aluguel e prestação deverão se somar, o que tornará o processo tão pesado quanto poupar para comprar à vista.
Pode levar décadas para conseguir formar poupança suficiente para pagar um imóvel à vista. E para quem tem o sonho de comprar a casa própria e não gosta de morar de aluguel, a ideia de comprar o primeiro imóvel aos 50 ou 60 anos de idade não deve ser muito interessante. O fato de o financiamento proporcionar uma antecipação do consumo, neste caso, é uma tremenda vantagem.
Outro ponto positivo do financiamento é a possibilidade de “travar” o preço atual do imóvel, não ficando sujeito às oscilações do mercado. Se o imóvel desvalorizar, o comprador terá perdido a oportunidade de comprá-lo mais barato, mas se houver alta, ele estará protegido contra ela. Já para os poupadores, eventuais altas podem ser desastrosas, pois será preciso “correr atrás” da valorização com os seus investimentos.
O financiamento imobiliário também possibilita o uso dos recursos do seu FGTS, desde que você e o imóvel se enquadrem nas regras. Isso é tremendamente vantajoso, uma vez que a rentabilidade do fundo é de apenas 3% ao ano mais TR, perdendo de longe para a inflação. O FGTS praticamente só pode ser utilizado quando se financia ou se faz consórcio.
No primeiro caso, pode compor a entrada, amortizar ou pagar parcelas. Na compra à vista, a única forma de usar os recursos do fundo é se estes forem suficientes para quitar o imóvel, o que é mais difícil de acontecer. “O financiamento abre uma ótima oportunidade de usar o dinheiro do FGTS, desde que a compra ocorra dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Se o comprador tem um bom saldo, já é uma grande ajuda”, observa Letícia Camargo, CFP, planejadora financeira certificada pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).
Finalmente, para quem não tem muita disciplina para poupar – principalmente por um longo período de tempo – o financiamento força o comprador a destinar uma quantia para a casa própria todos os meses. “É quase como se fosse uma poupança forçada”, diz Letícia.
Poupar com inteligência é fundamental
Ocorre que, como já foi dito, financiamento é caro e faz com que você pague muito mais pelo bem adquirido. Além disso, em geral as instituições demandam um valor de entrada, nem que seja de 10%. Quanto maior a entrada, menos juros e outros acessórios você vai terá que pagar, e melhores condições de pagamento você vai conseguir.
Seja para pagar um imóvel à vista, seja para ter uma substancial quantia de entrada em mãos, seu planejamento de poupança deve levar alguns pontos em consideração. O primeiro é que financiamento tem restrições; poupança, em tese, não. As instituições financeiras só permitem que você comprometa de 20% a 30% da sua renda para pagar um financiamento imobiliário. Isso pode acabar limitando o valor do imóvel que você vai conseguir comprar.
 
Por outro lado, a poupança não tem essa restrição. Pode ser que, por algum motivo, você consiga poupar mais do que 30% da sua renda, o que vai dar um belo fôlego ao seu pé de meia. Assim, se sua intenção é apenas poupar para formar uma entrada, seu valor terá que ser suficiente para que a parcela do montante financiado caiba no seu bolso sem derrubar o padrão do imóvel desejado.
Portanto, a primeira coisa a se estabelecer é o montante que deve ser poupado. Quanto custa o imóvel desejado? De quanto terá que ser a entrada para que você consiga financiar o restante com a sua renda? Quanto custam as taxas referentes ao imóvel e os ajustes para torná-lo habitável?
O poupador deve se lembrar de que a compra do imóvel pressupõe custos como reformas, Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), escritura e registro. Se for um imóvel comprado na planta, pode haver outras taxas e certamente será preciso gastar até 20% do valor do imóvel com acabamento. Também pode haver a necessidade de comprar móveis e eletrodomésticos.
Em seguida, é preciso montar um orçamento no qual esteja incluído o objetivo de formar poupança para a compra do imóvel. Todos os meses o poupador deve destinar uma quantia a esse objetivo, mas não deve se descuidar de duas outras poupanças importantes: a reserva de emergência e a aposentadoria.
Essas quantias não devem ser misturadas. Ou seja, ao dar entrada em um imóvel, você não deve gastar todas as economias da sua vida. Precisa manter uma reserva de emergência de no mínimo três meses das suas despesas – especialistas recomendam de seis meses a um ano – e a poupança da aposentadoria.
O professor Fábio Gallo orienta o poupador a anotar todas as despesas e receitas líquidas, estipular um gasto máximo mensal para as despesas variáveis (como entretenimento, vestuário e presentes) e considerar não só uma base mensal, como também uma base anual.
“Saiba quanto você ganha e gasta por ano. Algumas receitas, como bônus e comissões, bem como algumas despesas, como IPVA e IPTU, são anuais”, explica. Para ele, o ideal é estipular também um prazo, para que haja disciplina.
E onde investir a quantia destinada ao imóvel? Como os preços dos imóveis podem continuar subindo, ainda que modestamente, é preciso se proteger contra essa alta, para poder comprar o imóvel do padrão desejado lá na frente. É fundamental se proteger pelo menos contra a inflação, pois os preços dos imóveis têm vencido os índices inflacionários mês a mês.
Fábio Gallo aconselha a investir em aplicações indexadas à inflação, como as Notas do Tesouro Nacional série-B (NTN-B), vendidas pelo Tesouro Direto. Esses produtos pagam uma taxa de juro acima da inflação. Você deve casar o prazo de vencimento do título com a data em que você vai precisar do dinheiro. No caso da NTN-B, vendê-la antes do prazo pode dar um rendimento inferior ao acordado no ato da compra, ou mesmo prejuízo.
O professor diz que é possível até optar por fundos imobiliários ou renda fixa pré-fixada. Mas desaconselha o investimento em ações, pois não são ativos necessariamente ligados ao desempenho da inflação e do mercado imobiliário. “É importante sempre acompanhar o rendimento do seu investimento e a evolução de preços no mercado onde está o tipo de imóvel desejado, para ir reavaliando o investimento”, alerta.

Fonte:, de
 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Imóveis com um dormitório têm maior alta nas vendas em SP


O comportamento das vendas e dos lançamentos de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo surpreendeu no primeiro semestre de 2013.
De acordo com balanço realizado pelo Secovi-SP (sindicato da habitação), divulgado nesta terça-feira, foram vendidas 17.500 unidades de janeiro a junho deste ano. O volume é 46% superior ao mesmo período de 2012, quando foram comercializadas 11.981 unidades.
Já o VGV (Valor Geral de Vendas) acumulado no semestre atingiu R$ 10,6 bilhões, atualizado pela variação do INCC-DI (Índice Nacional de Custo da Construção), o equivalente a 63% a mais em relação ao montante de R$ 6,5 bilhões do primeiro semestre do ano anterior.
O Secovi atribuiu o crescimento a uma combinação de fatores, como demanda contínua de novos imóveis residenciais, financiamento abundante e alta na aprovação das plantas em relação ao mesmo período de 2012.
“O mercado teve um desempenho surpreendente, apesar do atual cenário econômico, com a expectativa baixa para o PIB”, afirmou Claudio Bernardes, presidente do Secovi.
 “Há dois fatores que explicam essa alta. Primeiramente, a demanda é forte, o sonho da casa própria continua ainda muito vivo. Além disso, notou-se a capacidade das incorporadoras de adequar os lançamentos ao consumidor. Isso se justifica no crescimento expressivo na venda de unidades de um dormitório, que aumentou 330%, mas representa um tíquete de compra menor”, analisou Emílio Kallas, vice-presidente de incorporação imobiliária do sindicato.
Se as vendas surpreenderam, os lançamentos registraram crescimento ainda maior: 51% na comparação dos mesmos intervalos. Foram 13.983 unidades ofertadas entre janeiro e junho de 2013 diante das 9.224 unidades lançadas em igual período de 2012.
De acordo com a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), responsável pela apuração dos lançamentos, o segmento de dois dormitórios liderou em participação, com 5.732 unidades ofertadas (ou 41% do total). O destaque, no entanto, foi a tipologia de um dormitório, que representou alta de 377% no primeiro semestre de 2013, com 3.565 unidades.

Expectativas para 2013 – Segundo o economista chefe do sindicato, Celso Petrucci, a previsão para este ano é de um crescimento de 30% na vendas de imóveis residenciais na cidade de São Paulo sobre o ano passado e um avanço de 16% nos lançamentos.
Apesar da alta na quantidade de lançamentos residenciais no primeiro semestre, a projeção da entidade é de 33 mil unidades lançadas até o fim do ano, expectativa abaixo da média que a capital teve entre 2010 e 2012: 35 mil.
“No segundo semestre, isso não deve acontecer. Devemos ter, ao término de 2013, números mais comportados”, completou Bernardes.

 Fonte: ZAP Imóveis - Por: por Guilherme Yoshida

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Vendas de imóveis novos em SP crescem 46% no 1º semestre

Vendas de imóveis novos em SP crescem 46% no 1º semestre

As vendas de imóveis novos no primeiro semestre de 2013 cresceram 46% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário), na capital paulista.
O resultado, em um momento de crescimento econômico mais fraco, surpreendeu positivamente o mercado.
Foram comercializadas 17.500 unidades, ante 11.981 no primeiro semestre de 2012. Com isso, o número de vendas retorna ao patamar de 2010 quando, no primeiro semestre, foram comercializadas 17 mil unidades.
A alta ocorreu apesar do preço médio real do metro quadrado ter subido 6% acima da inflação do período.
Em lançamentos, o resultado também foi acima do esperado, com 13.983 unidades lançadas, crescimento de 51% na comparação com o primeiro semestre de 2012.
Segundo Celso Petrucci, economista do Secovi, em 2011 e 2012, o mercado passou por um período de ajustes, mas essa fase já acabou.
Em valores, as vendas representaram R$ 10,6 bilhões, crescimento de 63% em relação ao mesmo período do ano passado.
Imóveis de dois dormitórios continuam os mais vendidos, representando 44% do mercado, mas o maior crescimento foi no segmento de um dormitório (330%).
Segundo Petrucci, o dado pode ser explicado pela alta geral no preço dos imóveis. O comprador do apartamento de dois dormitórios muitas vezes opta por reduzir o tamanho do imóvel, mas manter a localização em áreas centrais, próximas aos polos de emprego.
Por isso, a maior parte dos lançamentos desse perfil ocorreu na área do centro expandido, enquanto o lançamento de apartamentos maiores foi mais espalhado pelo território da capital.
A pesquisa do Secovi se refere apenas a imóveis novos.

EXPECTATIVA
Com isso, o sindicato elevou sua expectativa para o crescimento das vendas de imóveis novos na capital, de cerca de 5% para 30% em 2013.
A estimativa é de que sejam vendidas 35 mil unidades em 2013, ante 27 mil de 2012. A previsão no início do ano era de que seriam vendidas 28 mil unidades neste ano.
A revisão também ocorreu para o número de lançamentos. Segundo o Secovi, 33 mil unidades devem ser lançadas neste ano, ante 28,5 mil do ano passado, um crescimento de 16%, ante 10% da última previsão (31 mil novas unidades).
A alta ocorre em um momento de pessimismo com a economia, em que as previsões de crescimento do PIB estão sendo revisadas para baixo. Segundo o último boletim Focus, a economia deve fechar o ano com crescimento de 2,21%.
"A percepção da economia é diferente do que ocorre na economia real. Podemos estar mais negativos do que a economia real, e isso é o que aconteceu no mercado imobiliário no primeiro semestre", afirma Petrucci.
Mas outro fator importante explica o resultado: a prefeitura aumentou em 22,2%, segundo o sindicato, a aprovação de plantas.
"Foi implatado o licenciamento eletrônico no ano passado, que não funcionou e represou a aprovação. Voltaram atrás e isso destravou o processo", afirma Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Sete dicas para não perder seu imóvel financiado

Saiba quais os erros mais comuns cometidos por quem toma um crédito imobiliário

Bastam três meses de inadimplência para que banco possa retomar o imóvel Bastam três meses de inadimplência para que banco retome o imóvel
Para muitos, o financiamento imobiliário é o empurrão que faltava para a compra de um imóvel. No entanto, a falta de planejamento e outros pequenos deslizes no processo de contratação do crédito podem ser suficientes para transformar o sonho da casa própria em um pesadelo para o mutuário.

Desde 2004, o Brasil possui uma legislação bastante rígida com os devedores inadimplentes. Ao mesmo tempo em que essas leis permitiram a queda dos juros no financiamento dos imóveis também tornaram mais fácil para os bancos retomarem os bens de mutuários devedores.

De acordo com Lúcio Delfino, diretor administrativo da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), bastam três prestações do financiamento não pagas para que o imóvel possa ser retomado pelos credores. Caso seja a vontade do banco, rapidamente esse imóvel poderá ir a leilão, com o posterior despejo do mau pagador.

Abaixo, especialistas em financiamento imobiliário explicam como evitar os principais erros no crédito imobiliário:

1. Fique de olho nas exigências
Antes de começar a cogitar o crédito imobiliário como recurso para a compra de seu imóvel, leve em conta todas as características exigidas pelas instituições financeiras.  Os bancos privados, geralmente, financiam apenas 80% do imóvel. Na Caixa Econômica Federal é possível fazer financiamento de até 90% do valor de compra. Em geral, a primeira prestação mensal da parcela financiada não pode, por lei, ultrapassar 30% da renda líquida do comprador. O mais recomendado é ficar bem abaixo desse limite. Uma boa ideia é tomar um empréstimo com um prazo de pagamento maior para diminuir o valor de cada pestação. Depois, caso queira amortizar a dívida mais rapidamente, o mutuário poderá fazê-lo a partir de uma negociaçaõ com o banco. Para avaliar se liberam ou não um empréstimo, cada banco utiliza critérios próprios. Mas nenhum concede crédito para pessoas que tem o nome no SPC ou Serasa. Caso esse seja seu caso, será necessário pagar para limpar o nome antes de tomar o empréstimo.

2. Tome o crédito certo
Na hora de escolher a melhor linha de crédito imobiliário, abuse dos cálculos. Faça simulações, converse com especialistas e compare. A dica pode ser óbvia, mas muitas pessoas caem na inadimplência simplesmente porque não escolheram o melhor plano de financiamento. Aparentemente, as taxas de juros cobradas pelos bancos parecem bastante semelhantes. Mas, por muito pouco elas podem causar um rombo no seu orçamento. "Uma diferença de 1% nos juros pode significar até 50 mil reais em 20 anos", afirma Joe Powell, da consultoria Crédito Imobiliário Fácil. (Confira a matéria "O Buscapé do Crédito Imobiliário"). Outra dica é avaliar o custo total do crédito, o que inclui, além dos juros, uma taxa mensal cobrada pelo banco, outras taxas e seguros. Avalie também os sistemas de correção dos contratos. Segundo Raphael Rottgen, da consultoria Sagace, os contratos de juros prefixados ainda são muito caros no Brasil. Hoje o mais comum é que o banco cobre uma taxa fixa mais a TR (Taxa Referencial), que é pós-fixada. Como a TR é muito baixa e varia pouco de acordo com as oscilações da Selic, o risco da parcela pós-fixada é baixo e não compensa o aumento do custo do financiamento gerado pela taxa totalmente prefixada. Rottgen também aconselha os tomadores a evitar contratos de financiamento corrigidos pela Tabela Price e a optar pelos corrigidos pela SAC ou SACRE - porque os juros pagos vão diminuindo com o tempo.

3. Tenha consciência de bolso

O principal escorregão dos mutuários inadimplentes é, sem sombra de dúvida, a falta de planejamento financeiro. "As pessoas se esquecem que estão contraindo uma dívida de longo prazo, algo que ele pode levar até algumas décadas para quitar", afirma Marcelo Prata, CEO da consultoria Canal do Crédito Imobiliário. Por isso, é importante colocar na ponta do lápis cada um de seus gastos mensais e sempre levar em conta a possibilidade de outros imprevistos. A prestação que hoje cabe perfeitamente no seu bolso pode se transformar em uma obrigação hercúlea em caso de perda de emprego, por exemplo. A recomendação dos especialistas é sempre ter uma poupança para superar eventuais obstáculos.

4. Não fique com a corda no pescoço
"Muita gente usa tudo o que tem para a compra da casa e se assusta com as despesas de escritura, contrato de financiamento e ITBI (Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis)",  diz Prata, do Canal do Crédito Imobiliário. A dica é reservar pelo menos 5% do valor do imóvel para esses gastos. Outro ponto facilmente esquecido são os possíveis investimentos com o imóvel que está sendo comprado. "Pode ter custo de reforma, seguro e mudança. Tudo tem que ser levado em consideração", diz Raphael Rottgen, da consultoria Sagace. Além disso, se você optar por bancos privados, pelo menos 20% do valor do imóvel terá que sair do seu bolso logo de cara. Os recursos do FGTS podem ajudar a compor a entrada.

5. Não se apresse
Uma prática bastante comum nas transações imobiliárias que dependem de financiamento é a assinatura de um contrato de promessa de compra e venda de imóveis. Mas não assuma este compromisso antes da certeza de que você conseguirá o crédito no banco, aconselham os especialistas. "Vá até a agência bancária e peça uma análise prévia de seu perfil para checar se conseguirá o crédito", diz Delfino, da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH). A mesma dica vale para o imóvel que será comprado. Verifique se ele tem todas as características exigidas pelos bancos. Para isso, sempre peça para consultar a certidão de matrícula com ônus e ações. Este documento possui informações essenciais para esta operação, como metragem do imóvel e sua situação jurídica. Dessa forma, o comprador não fica sujeito a comprar um imóvel que depois venha a ser penhorado na Justiça.

6. Calcule o tempo
Fique atento para o prazo de liberação de crédito determinado nos contratos de promessa de compra e venda de imóveis. Se a data prevista para a assinatura do contrato de financiamento superar este prazo, você pode ser penalizado. A solução é determinar um período de no mínimo 60 dias para a conclusão do negócio de forma que haja uma boa folga para atender todas as exigências do banco.

7. Evite consórcios

Os consórcios estão longe de ter no exterior a popularidade que tem no Brasil. O custo para a aquisição de um imóvel parece ser bem menor - afinal, não há pagamento de juros, apenas de uma taxa de administração que varia entre 1,5% e 2,4% ao ano. Isso porque muitos consorciados não percebem que o dinheiro que pagam a cada mês ao consórcio não está sendo remunerado - ao contrário do que seria caso fosse depositado em alguma aplicação financeira. Esses recursos, na verdade, são aplicados pela própria administradora do consórcio, que fica com a remuneração. Para Raphael Rottgen, da Sagace, os consórcios são indicados apenas para quem quer ter uma espécie de poupança forçada e para quem não conseguiu outro tipo de crédito mobiliário no banco.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Guia para comprar imóveis no Exterior.



São Paulo - De alguns anos para cá o sonho de alguns brasileiros deixou de ser apenas passar as férias no exterior para se tornar passar as férias na sua casa do exterior. Para que esse sonho se torne realidade da melhor forma é preciso estar a par da burocracia e das exigências legais do país onde se pretende adquirir a segunda residência. Os principais destinos dos brasileiros são os Estados Unidos - onde se tornou possível comprar bons imóveis com desconto após o estouro da bolha - e na América Latina, principalmente em países vizinhos com mercado de alto padrão, como o Uruguai.

Veja a seguir dicas sobre a procura de imóveis, os modelos de compra, legislação e impostos para quem deseja comprar seu segundo imóvel em quatro diferentes países: Estados Unidos, Uruguai, França e Inglaterra.

Como buscar

A principal orientação de quem já tem uma casa em outro país e fez bom negócio é perguntar a opinião de conhecidos que têm imóveis na cidade pretendida para ter ideia de quais são os melhores bairros, como é a qualidade de vida, os custos de ter uma propriedade no local e outras informações que não seriam encontradas na internet ou por uma imobiliária.

O engenheiro E. comprou em 2009 uma casa em Orlando, na Florida, para viajar nas férias com a família. “O grande segredo é ter algum amigo ou pessoa de confiança que já tenha comprado um imóvel. O processo é tão simples que se eu não tivesse um amigo conversando comigo eu não fecharia o negócio, eu acharia que era uma roubada”, diz.

E. comprou uma casa de 170m² por 95.000 dólares, em um condomínio fechado, com a ajuda de um corretor americano indicado pelo amigo. Tendo um corretor de confiança lá, ele fechou o negócio pela internet. Até o pagamento foi feito pelo Brasil, por intermédio do gerente do banco do qual E. é cliente nos Estados Unidos. Só depois de quatro meses o engenheiro visitou o imóvel pessoalmente. "Eu já conhecia a região de Orlando e já sabia mais ou menos onde gostaria de ter um imóvel. O corretor me deu algumas opções, me passou fotos e vídeos dos imóveis e eu escolhi pelo Brasil mesmo. As casas lá também são bem padronizadas, não há muita diferença de uma para a outra".

Outra opção recomendável seria procurar as empresas especializadas em vendas de imóveis no exterior para brasileiros, como a Century 21, a Chris Brooks, a Re/Max, a Vitoria Realty, a Halmoral e, para buscas de imóveis mais luxuosos, a Sotheby's. Todas têm escritórios no Brasil e fazem atendimento em português.

Por fim, também existem sites de classificados que podem dar uma noção do valor e descrição dos imóveis em determinada região. Um deles, o Viva Street, também tem escritório no Brasil com um equipe de atendimento ao consumidor. Ele reúne ofertas de imóveis em 19 países e pode ser navegado em português.

Fonte: Exame.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Vencedor da Promoção

O Henrique Herculano foi o primeiro ganhador da Promoção "Indicou, Comprou, Ganhou".
Para ganhar uma TV LCD bastava indicar um comprador para uma das unidades de um empreendimento que a Brev Soluções Imobiliárias.
Aguardem os próximos ganhadores.

E Parabéns Henrique!


segunda-feira, 21 de maio de 2012

A nova campanha da Brev está lançada!

A Brev Soluções Imobiliárias lançou hoje mais uma excelente promoção. Os clientes que comparem alguns dos imóveis da cartela da promoção ganharão um voucher, onde poderão viajar para o destino que escolherem.
Vejam a peça da Campanha:




Saiba mais da promoção em:
http://promocao.brev.com.br

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Mudanças nas regras de poupança impactam no mercado imobiliário




A mudança nas regras das cadernetas de poupança abre espaço para possível redução das taxas de juros dos empréstimos. Segundo o presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Cláudio Bernardes, isso impactará positivamente o mercado. As taxas do crédito imobiliário já são as menores do mercado e, por ora, não houve redução de juros, disse o economista-chefe do Secovi, Celso Petrucci.
Além da queda dos juros, as cadernetas terão de continuar com captação positiva para financiar os imóveis– o saldo líquido captado foi de R$ 1,97 bilhão, em abril de 2012, e de mais R$ 1,8 bilhão até o dia 3 de maio de 2012, ainda pelas regras antigas, com juro de 0,5% ao mês mais a TR. As cadernetas de poupança e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) são as modalidades mais baratas de obtenção de recursos para o crédito imobiliário.
Dados do mercado imobiliário de São Paulo
Segundo a pesquisa mensal do Secovi-SP, as vendas de unidades com dois dormitórios, na Capital, cresceram 47%, representando, no trimestre, 50% da comercialização total, contra 43,1% no mesmo período do ano passado, quando houve superoferta de apartamentos de um dormitório, sobretudo na região central da cidade.

Somados, os segmentos de dois e três dormitórios pesaram 81,9% nas vendas, contra 72,9% do mesmo período de 2011. Bem maior foi o desaquecimento do mercado na região metropolitana de São Paulo: as vendas caíram 4,5% e os lançamentos, 38,4%.
Nas regiões periféricas, parece cada vez mais difícil construir a custos compatíveis com o que os compradores poderiam ou desejariam pagar. A maioria, com uma renda média (segundo o IBGE) de R$ 1,72 mil e familiar entre R$ 3 mil e R$ 5 mil, está apta a adquirir a moradia, mas nem sempre há oferta disponível onde deseja morar. Entre 2010 e 2011, os balanços de algumas construtoras de porte registraram maus resultados, devido a prejuízos com a construção de imóveis destinados às faixas popular e média baixa.
Os construtores preveem aumento da atividade, no segundo semestre, mas tudo depende de como se comportarão os preços. Nos bairros centrais da Capital, o preço do metro quadrado, com frequência acima de R$ 10 mil, afasta o comprador.

Fonte: Viva Real